Sobre as asas da sabedoria

Não são poucos os vales e montes que temos que atravessar na trajetória do nosso viver sobre a terra. Essa obra tem 274 páginas e quase 4.000 mensagens: provérbios máximas e pensamentos altamente edificantes; todos inéditos, que ajudará o querido leitor a palmilhar sobre essa terra de altos e baixos: pedra, lodo e espinhos. Portanto, apresentamos aqui uma pequena parte da obra.

Olhar


Quantas vezes, olhamos e não vemos. Sim, é possível olhar e não ver, mas é impossível ver sem olhar.

Já parastes para ver o porquê do teu sofrer? Ou te pões apenas a reclamar o sofrimento?

É possível que alguém, vendo, não creia, mas todo o que crer, verá.

Quem olha muito o lado dos outros, acaba deixando-se de lado.

Olharei primeiro para mim, para ver se posso, então, olharei ou não para ti.

Olhos e ouvidos são portas pelas quais limpamos ou sujamos nossos corações

Olhar a vida dos outros para quê? Se for boa, não te pertence, se for ruim, não queres para ti.

Diz-me onde andam os teus olhos e direi como está o teu coração.

Olha o que cultivas, e logo verás o que irás colher.

Pela boca alimentamos o nosso ventre, e pelos olhos e ouvidos alimentamos o nosso coração.

O olhar de quem me olha nem sempre pode me ver, mas o olhar que me vê, dele não posso me esconder.

Pelos olhos se vêem o coração e a alma, e pelos lábios, o pulsar dos mesmos.

É possível olharmos e não vermos; ver é bem mais que um simples olhar.

Querer escapar do inferno sem olhar para o céu é como querer atravessar um oceano num barquinho de papel

Olhar só os defeitos dos outros não nos torna perfeitos em nada.

Nem sempre que olhamos, vemos; ver é bem mais que um simples olhar.

Foge, pois, do perigo; livra-te do abismo; guarda-te do embaraço: guarda os teus olhos de olharem para o lado errado!

Reto e profundo é o olhar da consciência, e ninguém há que possa dela se esconder.

Veja os olhos que te olham, busca neles o coração.

O que os olhos veêm, o coração deseja, por isso, limpa as vidraças dos teus olhos.

Tira de diante de teus olhos tudo que venha a macular teu coração.

De nada adianta olhos bonitos se não houver pureza no olhar.

Olha, tu mesmo, onde pisas; não é bom nem seguro olhar pelos olhos dos outros

No reto olhar, no olhar prudente está o escudo e a perfeita mira dos que desejam e buscam acertar.

É claro que os claros, sim, os límpidos olhos bem vêem, mas os malignos e obscuros olhares estão mergulhados nas trevas.

As curvas tortuosas do tortuoso olhar deturpam a retidão do coração.

Já parastes para pensar, já te pusestes a ver, ou te acomodas apenas em olhar?

Não te deixes encantar com olhos bonitos, antes, vê, prudentemente, se há nele um puro olhar.

No olhar, o disparar da flecha, e no ver, o acertar do alvo.

Procura tu olhar de perto para que possas de longe enxergar.

Os olhos apenas nos fazem ver; o maléfico olhar, sim, esse nos leva a pecar.

Não deixes apenas que te olhem: sê prudente no olhar, vê bem quem te ver.

Olhar bem para quem te olha mal, isto te fará bem.

Não permitas que os teus olhos escolham; a eles seja permitido apenas o olhar.

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